Ontem foi dia da bailarina...
Nesses anos todos no ballet eu fui princesa, sílfide, espanhola, flor, sacerdotisa. Dancei pelo Brasil e conheci o mundo.
Faz mais de um ano que eu não subo no palco. Quando me perguntam do que eu mais sinto falta, me dou conta de que a saudade bate com relação as coisas pequenas. Fazer o cabelo, ficar horas me maquiando, colocar a sapatilha enquanto a orquestra afina os instrumentos ainda com a cortina fechada. Ballet não é apenas uma dança e sim a arte do belo... é aquele momento que pode durar dois minutos ou mais de uma hora, que nos transforma em outra pessoa, fazendo a platéia acreditar que tudo é tão simples, fácil...
O lúdico é agradável... confortável! Quem não gosta de sonhar?? O ballet me deu muito mais do que eu esperei (ta certo que eu falava que com 15 anos ia morar no Bolshoi da Rússia né?) mas com 9 entrei no Bolshoi do Brasil, sem inverno e podendo ver papai e mamãe todos os dias. E com 16 subi no palco do teatro russo. Então nada de contar sobre horas de ensaio, dores e lágrimas....
Porque acima de tudo a minha vida de bailarina me deu sorrisos, me mostrou o que é fazer algo por amor e me fez crescer.
Beijos Bá.